Apesar de ser uma amante confessa de plantas nunca fui a pessoa mais prendada para tratar delas e conseguir que elas sobrevivam mais que algumas semanas (é o chamado toque verde inverso 😉 ). Acontece que nos últimos tempos (talvez seja a ternura dos trinta-e-quase-entas 🙂 ) as plantas têm conseguido não só resistir mas mostrar a sua alegria por conviverem comigo, ele é orquídeas que dão flor, ele é physalis que dão frutos do tamanho de pequenas ameixas, enfim, é A loucura no Reino das Plantas :).
A propósito das physalis estarem a dar frutos de uma forma tão prolífera decidi experimentar fazer uns docinhos com elas. O sabor da physalis é bastante aromático e ácido e portanto nem sempre do agrado geral mas a sua conversão para compota retira-lhe bastante acidez e torna o sabor ainda mais interessante.
A receita que vos trago é de uma tarte deliciosa mas assumidamente ácida (pelo lemon curd e um pouco pelas physalis) e com um travo ligeiramente floral (da verbena e das physalis). É assumidamente diferente mas muito gostosa, espero que gostem ;).
(adaptado de: Food and Wine)
Ingredientes:
Massa
– 120 g de farinha de trigo sem fermento
– ½ colher de chá de canela em pó
– 112 g de manteiga (à temperatura ambiente)
– 60 g de açúcar branco
– 1 ovo
– ½ colher de chá de extracto de baunilha
– Raspa da casca de ½ limão
– Raspa da casca de ½ laranja
Lemon curd
– 120ml de sumo de limão
– 200g de açúcar
– 3 gemas (ligeiramente batidas)
– 125g de manteiga (em pequenos cubos)
– 20 g de folhas de verbena secas
Compota de physalis
– 170 g de physalis frescas
– 80 g de açúcar branco
– sumo de uma laranja
– 50 ml de H2O
– 15 ml de Licor Beirão
– ½ colher de sobremesa de extracto de baunilha
Preparação:
Massa
– Numa taça misturar a farinha com a canela;
– Noutra taça misturar a manteiga com o açúcar até obter uma mistura fofa. Juntar o ovo, a baunilha, as raspas e misturar bem;
– À mistura da manteiga juntar a farinha (em duas ou três vezes);
– Levar a massa a repousar no frigorífico por pelo menos durante 1 hora;
– Retirar a massa do frigorífico e estender de forma a obter um disco de massa com cerca de ½ cm de altura;
– Forrar uma tarteira com a massa e levar ao frigorífico por mais 1 hora;
– Ligar o forno a 170 ºC;
– Retirar a tarteira do frigorífico, forrar com uma folha de papel vegetal e colocar feijões secos ou contas de cerâmica e levar ao forno até estar dourada (cerca de 30-35 minutos);
– Retirar do forno, remover a folha de papel vegetal e as contas de cerâmica ou feijões e deixar arrefecer.
Lemon curd
– Juntar o açúcar, o sumo de limão e as gemas e misturar bem, juntar as folhas de verbena e levar a lume brando. Juntar a manteiga em pequenos pedaços e misturar bem;
– Deixar cozinhar lentamente sem levantar fervura e até ter a consistência desejada;
– Reservar e deixar arrefecer.
Compota de physalis
– Num tachinho juntar todos os ingredientes e levar a lume brando até obter uma compota ligeira;
– Reservar e deixar arrefecer.
Montagem da tarte
– Ligar o forno a 170 ºC;
– Dentro da tarteira com a caixa devidamente cozinhada colocar o curd de limão e levar ao forno por 10 minutos;
– Retirar do forno, deixar arrefecer, desenformar e servir com a compota de physalis.
Muka dourada*