Bolo de queijo fresco e côco

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Ora então parece que finalmente temos Outono (caríssimo lamento informar mas vens com 2 meses de atraso).

Com as temperaturas finalmente dentro da gama aceitável já consigo começar a pensar em fazer cozinhados que aqueçam o corpo e alma sendo que para além da combinação outonal clássica cá em casa (maçãs e molho butterscotch) há uma lista infindável de receitas novas e combinações diferentes para testar (até ver a taxa de sucesso tem sido incrivelmente alta).

Esta receita serviu para testar alguns ingredientes novos nomeadamente o açúcar de côco do qual fiquei fã (autch para o preço) que é uma alternativa aos açúcares amarelo e refinado sendo que o seu estatuto de ingrediente saudável é muito debatível. Espero que gostem.

(adaptado de Luísa Alexandra)

Ingredientes:

– 350 g de queijo fresco (usei 6 queijinhos frescos)

– 100 g de farinha de trigo sem fermento T65

– 100 g de farinha de trigo integral

– 1 colher de chá de fermento tipo Royal

– 4 ovos

– 70 g de manteiga derretida

– 80 g de açúcar de côco (comprei na Grão Natural)

– 40 g de açúcar amarelo

– 100 g de côco ralado

– óleo e bolacha triturada para forrar a forma (é uma alternativa fabulosa à farinha // uso habitualmente bolacha maria ou torrada)

Preparação:

– Ligar o forno a 170ºC;

– Pincelar uniformemente uma forma com óleo e polvilhar toda a superfície com bolacha ralada. Retirar o excesso e reservar;

– Num prato esmagar os queijos com a ajuda de um garfo, reservar;

– Misturar os açúcares com a manteiga e juntar os ovos;

– Noutra taça misturar as farinhas com o fermento e o côco;

– À mistura do ovo juntar o queijo e mexer muito bem;

– Por fim juntar os secos e misturar muito bem;

– Colocar na forma e levar ao forno por cerca de 45-50 minutos ou até o palito sair limpo;

– Retirar do forno, deixar arrefer 5 a 10 minutos na forma, desenformar e deixar arrefecer completamente.

Muka dourada*

Bolachinhas de banana e passas de uva

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“Gosto mais de ti que de bolachinhas” é a minha declaração de amor favorita 🙂 .

Obviamente depende das bolachas mas isso seria uma outra discussão 🙂 Mas esquecendo as declarações de amor pirosas, esta Primavera está a soar a Inverno e à parte desta constipação safada que não me deixa disfrutar este frio gostoso e chuvinha boa, só me apetecem fazer/comer bolachas gostosas a acompanhar com litros de chá bem quentinho.

A verdade é que independentemente do tempo que se faz sentir, gosto de fazer bolachas todo o ano e lá está, dependendo da temperatura, ou vão com um chá bem quentinho ou com um refresco ou mesmo com uma Katiette 😉 (sumol de laranja com groselha).

Estas bolachas são de-li-ci-o-sas!!! Obviamente convém que se goste de bananas e de passas de uva 😉 se for esse o caso, vão adorar, acreditem 😉 .

(adaptado de 750 g)

Ingredientes: (para cerca de 25 bolachinhas médias)

– 200 g de farinha de trigo sem fermento

– 100 g de flocos de aveia finos

– 1 colher de chá de fermento tipo Royal

– 1 ovo

– 150 g de manteiga à temperatura ambiente

– 75 g de açúcar branco

– 75 g de açúcar amarelo

– 1 colher de sobremesa de extracto de baunilha

– 1 banana grande esmagada

– 150 g de passas de uva

Preparação:

– Ligar o forno a 165ºC;

– Numa taça misturar a manteiga com os açúcares e o extracto de baunilha até obter uma mistura cremosa e homogénea;

– Juntar o ovo e a banana e misturar muito bem;

– Juntar a farinha, o fermento e os flocos de aveia e misturar muito bem novamente;

– Por fim envolver bem as passas de uva;

– Com a ajuda de uma colher fazer pequenas bolinhas com a massa e colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal;

– Levar ao forno por cerca de 15 minutos ou até estarem douradinhas;

– Retirar do forno e deixar arrefecer no tabuleiro cerca de 5 minutos antes de transferir para a rede para arrefecerem completamente.

– Podem sempre saltar o passo anterior e comer as bolachas à medida que vão saindo do forno 😛

Muka dourada*

Tarte de curd de limão e verbena com physalis

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Apesar de ser uma amante confessa de plantas nunca fui a pessoa mais prendada para tratar delas e conseguir que elas sobrevivam mais que algumas semanas (é o chamado toque verde inverso 😉 ). Acontece que nos últimos tempos (talvez seja a ternura dos trinta-e-quase-entas 🙂 ) as plantas têm conseguido não só resistir mas mostrar a sua alegria por conviverem comigo, ele é orquídeas que dão flor, ele é physalis que dão frutos do tamanho de pequenas ameixas, enfim, é A loucura no Reino das Plantas :).

A propósito das physalis estarem a dar frutos de uma forma tão prolífera decidi experimentar fazer uns docinhos com elas. O sabor da physalis é bastante aromático e ácido e portanto nem sempre do agrado geral mas a sua conversão para compota retira-lhe bastante acidez e torna o sabor ainda mais interessante.

A receita que vos trago é de uma tarte deliciosa mas assumidamente ácida (pelo lemon curd e um pouco pelas physalis) e com um travo ligeiramente floral (da verbena e das physalis). É assumidamente diferente mas muito gostosa, espero que gostem ;).

(adaptado de: Food and Wine)

Ingredientes:

Massa

– 120 g de farinha de trigo sem fermento

– ½ colher de chá de canela em pó

– 112 g de manteiga (à temperatura ambiente)

– 60 g de açúcar branco

– 1 ovo

– ½ colher de chá de extracto de baunilha

– Raspa da casca de ½ limão

– Raspa da casca de ½ laranja

Lemon curd

– 120ml de sumo de limão

– 200g de açúcar

– 3 gemas (ligeiramente batidas)

– 125g de manteiga (em pequenos cubos)

– 20 g de folhas de verbena secas

 

Compota de physalis

– 170 g de physalis frescas

– 80 g de açúcar branco

– sumo de uma laranja

– 50 ml de H2O

– 15 ml de Licor Beirão

– ½ colher de sobremesa de extracto de baunilha

Preparação:

Massa

– Numa taça misturar a farinha com a canela;

– Noutra taça misturar a manteiga com o açúcar até obter uma mistura fofa. Juntar o ovo, a baunilha, as raspas e misturar bem;

– À mistura da manteiga juntar a farinha (em duas ou três vezes);

– Levar a massa a repousar no frigorífico por pelo menos durante 1 hora;

– Retirar a massa do frigorífico e estender de forma a obter um disco de massa com cerca de ½ cm de altura;

– Forrar uma tarteira com a massa e levar ao frigorífico por mais 1 hora;

– Ligar o forno a 170 ºC;

– Retirar a tarteira do frigorífico, forrar com uma folha de papel vegetal e colocar feijões secos ou contas de cerâmica e levar ao forno até estar dourada (cerca de 30-35 minutos);

– Retirar do forno, remover a folha de papel vegetal e as contas de cerâmica ou feijões e deixar arrefecer.

Lemon curd

– Juntar o açúcar, o sumo de limão e as gemas e misturar bem, juntar as folhas de verbena e levar a lume brando. Juntar a manteiga em pequenos pedaços e misturar bem;

– Deixar cozinhar lentamente sem levantar fervura e até ter a consistência desejada;

– Reservar e deixar arrefecer.

Compota de physalis

– Num tachinho juntar todos os ingredientes e levar a lume brando até obter uma compota ligeira;

– Reservar e deixar arrefecer.

Montagem da tarte

– Ligar o forno a 170 ºC;

– Dentro da tarteira com a caixa devidamente cozinhada colocar o curd de limão e levar ao forno por 10 minutos;

– Retirar do forno, deixar arrefecer, desenformar e servir com a compota de physalis.

Muka dourada*

Bolo de limão

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Não quero ser do contra pelo facto de, como agora temos finalmente tempo decente (frio e chuva, entenda-se) venho eu para aqui feita esperta espetar receitas de coisas frescas e fofas. Nada disso, o problema é que tinha aqui esta receita guardadinha para vos apresentar mas ainda não tinha surgido oportunidade para a partilhar.

Por ocasião do aniversário do R. fiz este bolo que apesar do aspecto angelical (profundamente enganador) é um daqueles bolos que, ponhamos a coisa neste ponto, faz crescer pêlos no peito :). A utilização dos limões inteiros (apenas sem as sementes) transmitem uma intensidade cítrica acutilante e portanto só aconselhado a grandes amantes de limão e sabores ácidos e amargos.

(adaptado de: Mary Berry Cooks)

Ingredientes:

Bolo

– 1 limão pequeno

– 275 g de manteiga amolecida

– 275 g de açúcar refinado

– 275 g de farinha com fermento

– 1 colher de chá de fermento Royal

– 4 ovos

– Manteiga e farinha para forrar a forma

Recheio e cobertura

– 1 limão pequeno

– 150 g de açúcar em pó

– 50 g de manteinga amolecida

– 200 g de queijo creme

– Raspas de chocolate branco q.b

– Flores comestíves q.b.

Preparação:

– Cozer os dois limões num pequeno tacho e cobertos de água durante 20 minutos ou até estarem macios ao toque;

– Depois de cozidos, escorrer a água, cortar os limões ao meio e retirar as sementes;

– Ligar o forno a 180 ºC;

– Forrar uma forma de 24 cm de diâmetro (ou 2 de 20 cm) com manteiga e farinha e reservar;

– Colocar os dois limões no robot e picar deixando alguns pedaços mais grosseiros. Dividir a mistura em duas partes iguais;

– A uma parte da mistura juntar o açúcar, a manteiga e misturar bem;

– Juntar os ovos um a um mexendo bem entre cada adição;

– Adicionar peneirando a farinha e o fermento e mexer bem até obter uma mistura bem uniforme;

– Colocar a mistura na forma (ou dividir pelas duas formas) e levar ao forno por 30 minutos ou até o palito sair limpo;

– Quando cozinhado retirar do forno e deixar arrefecer completamente;

– Enquanto o bolo arrefece preparar o recheio: misturar muito bem a manteiga com o açúcar e adicionar o queijo creme envolvendo bem de modo a obter uma mistura homogénea. Juntar o limão triturado, misturar bem e reservar no frigorífico;

– Após frio, cortar o bolo a meio (ou no caso de ter feito 2 colocar um no prato e reservar o segundo) e colocar metade da mistura do recheio espalhando bem. Colocar por cima a outra metade (ou o outro bolo) e pressionar ligeiramente;

– Com a restante mistura barrar as laterais e parte superior do bolo;

– Decorar com as raspas do chocolate branco e as flores e servir.

Muka dourada*

Delícia de Outono

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Apesar das temperaturas enganadoras, o facto é que já estamos no Outono e mesmo o meu cérebro não processando muito bem o facto de andar na rua de manga curta e a comer castanhas a verdade é que já só me apetecem receitas com produtos da época (dióspiros, marmelos, castanhas, etc).

Esta é uma receita que andava a namorar há já algum tempo e a propósito de uma promessa de docinhos à minha querida S. que tão bem cuida da minha juba leonina, acabei por fazer não um mas dois bolos 🙂 A receita é simples e rápida sendo que poderão fazer o caramelo antecipadamente e usá-lo para tudo o que vos apetecer 😉

(adaptado de: Self Proclaimed Foodie)

Ingredientes:

Bolo

– 120 g de manteiga amolecida

– 120 g de açúcar amarelo

– 60 g de açúcar refinado

– ½ colher de chá de flor de sal

– 1 ovo

– 240 g de farinha de trigo sem fermento

– 1 colher de chá de fermento Royal

– 1 colher de chá de bicabornato de sódio

– 1 colher de chá de canela em pó

– 1 colher de chá de noz moscada em pó

– Raspa e sumo de um limão

– 2 maçãs

 

Caramelo

– 240 g de açúcar refinado

– 100 ml de água

–  Opcional (1 colher de chá de flor de sal)

– 60 g de manteiga

– 200 ml de natas

Preparação:

Caramelo

– Num tacho colocar o açúcar e a água (se pretender um caramelo salgado juntar neste passo a flor de sal) e levar a lume brando até obter o ponto de caramelo pretendido e retirar do lume;

– Com cuidado, e de uma só vez, juntar a manteiga e as natas mexendo bem com uma vara de arames. Continuar a mexer até parar de borbulhar e ter um preparado homogéneo e com uma consistência mais fluída que a do caramelo convencional (ao arrefecer vai ficar solidificar).

– Reservar num frasco, deixar arrefecer e guardar no frigorífico;

– Para utilizar retirar a quantidade desejada para uma taça e levar ao microondas por alguns segundos para derreter.

Bolo

– Ligar o forno a 175ºC;

– Descascar as maçãs, cortá-las em fatias finas e reservar regando com o sumo e raspa do limão;

– Forrar uma forma quadrada 20×20 cm com papel vegetal;

– Juntar a manteiga, os açúcares e a flor de sal e mexer muito bem até obter um preparado cremoso e homogéneo;

– Adicionar o ovo e mexer muito bem até este estar completamente incorporado;

– Peneirar (uma ou várias vezes) a farinha com o fermento, o bicabornato, a canela e a noz moscada e juntar ao preparado anterior;

– Juntar a maçã (e os sumos que ficaram no recipiente) ao preparado do bolo envolvendo muito bem, colocar na forma e levar ao forno por 30 – 35 minutos ou até o palito sair limpo.

– Retirar do forno, regar com a quantidade de caramelo desejada e comer avidamente 🙂

Muka dourada*

Cookies de manga

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Adoro domingos preguiçosos em que ficamos na ronha até tarde e após um pequeno-almoço tardio vem um almoço no mesmo alinhamento e a tarde fica por conta da cozinha com bolachinhas quentinhas a saírem 🙂 . A propósito de fazer bolachas vou-vos contar o meu gilty pleasure: fazer bolachas ao som do ESC 2015  🙂  (Elias, eu sei que tu estás comigo).

Estas amigas douradas nasceram da necessidade de gastar uma tablete de Pantagruel de manga que estava a finar-se e a opção óbvia parecia-me demasiado aborrecida (mousse de manga), portanto engendrei uma receita para incorporar o chocolate branco com sabor a manga numas belas bolachas com cor de Outono.

As bolachas ficam muito crocantes e é impossível comer só uma. Por favor não se esqueçam de as deixar arrefecer (pelo menos 3-4 minutos) no papel vegetal para não se desfazerem.

(rende cerca de 64 bolachinhas)

Ingredientes:

– 130 g de manteiga

– 100 g de chocolate branco com sabor a manga (cortado grosseiramente)

– 250 g de farinha sem fermento

– 1 colher de chá de fermento em pó

– 1 colher de chá de bicabornato de sódio

– 1 colher de chá de gengibre em pó

– 1 colher de chá de canela em pó

– 100 g de açúcar branco

– 100 g de açúcar amarelo

– 1 pitada de flor de sal

– 1 ovo

– 100 g de chocolate branco com sabor a manga (cortado finamente)

Preparação:

– Peneirar a farinha com o gengibre, a canela, o fermento e o bicabornato de sódio e reservar;

– Derreter a manteiga com o chocolate cortado grosseiramente (usei o microondas na função descongelar durante cerca de 3 minutos, mexendo regularmente para não criar grumos);

– Misturar os açúcares e a flor de sal e juntar a mistura da manteiga e chocolate derretidos mexendo bem até ficar homogéneo. Juntar o ovo e mexer bem;

– A este preparado juntar a farinha envolvendo bem sem mexer demasiado mas deixando a mistura homogénea;

– Juntar o chocolate finamente picado e envolver bem na mistura;

– Levar a mistura ao frigorífico durante 30 minutos;

– Ligar ao forno a 170ºC e formar o tabuleiro do forno com papel vegetal;

– Com a ajuda de uma colher de sobremesa fazer pequenas bolinhas, colocar no tabuleiro e utilizar um garfo para fazer efeitos (coloquei 16 por fornada com um espaço de cerca de 5 cm entre cada uma);

– Levar ao forno por 8-10 minutos (as bordas deverão estar douradas);

– Deixar arrefecer (de preferência ainda no papel e em cima de uma rede pois quando saem do forno ainda estão bastante moles).

Muka dourada*

Bolo de Limoncello

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Cá por casa existe um ditado semi-popular-adapado-à-minha-realidade-totó que é: “Se a vida te der limões faz cenas muitas e várias e se tiveres paciência faz uma tarte merengada para o R.”. Ora neste caso não houve paciência para a tarte e saiu uma “cena variada” na ordem do licor de limão (aka Limoncello para os finos e entendidos do assunto) e um bolo de limão com o dito licor.

Como diria Irri (aia de Daenerys do GOT), é sabido que cá por casa se ama mais os limões (na base diária) que qualquer outro fruto, e portanto a quantidade de receitas que tenho com limões é tão grande que podia fazer um pequeno caderno exclusivamente com o dito como herói da receita (caderninhos esses que venderia alegremente na Feira sem Regras e cujas receitas reverteriam directamente para viagens a destinos fabulosos 😀 ).

No caso do bolo que vos trago é o ideal para estes dias medonhamente quentes mas que ainda assim pedem um bolinho a acompanhar um refresco ou quiçá uma limonada (para manter o tema 😉 ).

(adaptado de Zagleft)

Ingredientes:

– 300 g de farinha sem fermento

– Uma colher e meia de chá de fermento royal

– Uma colher e meia de chá de bicabornato de sódio

– 100 ml de limoncello + 3 colheres de sopa para a cobertura

– 100 ml de óleo

– Uma pitada de flor de sal

– 3 ovos

– Raspa da casca de 1 limão

– Sumo de meio limão

– 250 g de iogurte natural

– 200 g de açúcar amarelo

– Manteiga e farinha para forrar a forma

Preparação:

– Ligar o forno a 180 ºC;

– Barrar uma forma de bolo inglês com manteiga, polvilhar com farinha e reservar;

– Misturar iogurte, óleo, ovos, sumo de limão, raspa da casca de limão, açúcar, flor de sal, e limoncello e mexer muito bem até obter uma mistura homogénea;

– À parte peneirar juntamente a farinha, o fermento e o bicabornato 2 ou 3 vezes;

– Deitar delicadamente a mistura da farinha na mistura líquida, mexer suavemente e deitar na forma;

– Levar ao forno por 35-40 minutos ou até o palito sair limpo.

Muka dourada*

Bolo de cenoura coiso-e-tal

66Reza a lenda que a minha super-visão reside na quantidade industrial de cenouras que toda a minha vida comi. Mentira, a verdade é que sou filha do Super Homem 😛 e para além de super-visão consigo aplicar golpes mortíferos de sarcasmo e chicotadas letais de piadas secas.

Ora mas falando aqui deste amiguito que está a olhar para nós, e que é o que realmente interessa, fi-lo baseado numa torta mítica da minha mãe e que era feita apenas em épocas festivas (nomeadamente o meu aniversário 😉 ). O bolo fica muito húmido com uma consistência quase de pudim, uma delícia ;).Se preferirem menos doce podem reduzir a quantidade de açúcar (até porque as cenouras já têm frutose) e para um regime vegan, podem substituir os ovos (ver dica abaixo) e ficam um bolo delicioso e muito saudável.

Dica para substituir os ovos ( 5 gemas >> 2 colheres de sopa de fécula de batata + 3 colheres de leite de soja; 5 claras em castelo >> 125 ml de aquafaba [batida em castelo]).

Ingredientes:

– 500 g de cenoura cozida e reduzida a puré

– 5 ovos

– 380 g de açúcar amarelo

– Raspa de um limão ou de uma laranja

– Bolacha torrada triturada em farinha e manteiga para barrar a forma

– Chocolate para decorar (opcional)

Preparação:

– Ligar o forno a 170 ºC;

– Forrar uma forma sem buraco (ø 22 cm) com manteiga e a bolacha torrada finamente triturada (bater com a forma na bancada e retirar o excesso de farinha de bolacha torrada) e reservar;

– Separar as claras das gemas e bater as claras em castelo, reservar;

– Misturar muito bem o açúcar com as gemas;

– Juntar a esta mistura a raspa do citrino e o puré de cenoura, misturar muito bem;

– A esta mistura juntar um pouco das claras e misturar bem;

– Adicionar delicadamente as restantes claras em castelo;

– Levar ao forno por cerca de 45 minutos ou até o palito sair limpo;

– Deixar arrefecer e decorar a gosto.

Muka dourada*

Coconut wonder

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Agosto é um mês fabuloso! Habitualmente há férias neste mês, há Algarve nessas férias, há família que se vê só durante este período, ultimamente tem havido chuva (Yayyyyyy), há a chuva de meteoritos mais importante do ano e depois, claro está, há o meu aniversário 🙂 .

A propósito do meu aniversário resolvi fazer um bolo usando um ingrediente que nunca uso pois nem R. nem amigos próximos apreciam particularmente, o famigerado côco (que eu adoro tanto, tanto!!!). Ora, estava eu a lontrar nas minhas férias e a fazer zapping entre o 24Kitchen e o FoodNetwork quando me deparo com o programa da Trisha Yearwood e com as suas receitas maravilhosas, havendo uma que me gerou uma paixão imediata, a deste bolo fabuloso. Um detalhe fabuloso que me conquistou, para além do côco foi o facto de a farinha utilizada não ser exactamente farinha mas sim waffers de baunilha finamente trituradas J (usei um robot de cozinha – no caso Yammi) e assim que vi este ingrediente pensei “Pócaraças, este ano o bolo é SÓ para mim!!!!!” e pronto foi o que aconteceu 😀 .

Agora malta doida por côco, por favor façam este bolo!!!

(adaptado de Trisha’s Southern Kitchen)

(chávena medida de 240 ml)

Ingredientes:

Bolo

– 300 g de manteiga (à temperatura ambiente)

– 2 chávenas de açúcar

– 8 ovos (à temperatura ambiente)

– 1 colher de sobremesa de açúcar baunilhado

– 400 g de waffers de baunilha (finamente trituradas)

– 250 g de côco ralado hidratado (com 1 chávena e meia de água)

– ½ chávena de nozes (grosseiramente picadas)

– Bolacha torrada triturada em farinha e manteiga para barrar a forma

Calda

(rende calda suficiente para um bolo e mais um frasco de ¼ l)

– 1 + ½ chávenas de açúcar

– 2 colheres de sopa de maizena

– sumo e raspa de 2 limões

– 170 g de côco ralado hidratado (com 1 chávena de água)

– 1 + ½ chávenas de água

Preparação:

Bolo

– Ligar o forno a 160 ºC;

– Forrar uma forma de buraco (o ideal é uma forma de pão de ló) com manteiga e a bolacha torrada finamente triturada (bater com a forma na bancada e retirar o excesso de farinha de bolacha torrada) e reservar;

– Bater a manteiga e os açúcares até obter uma mistura cremosa e fofa;

– Juntar os ovos 1 a 1, mexendo muito bem entre cada adição;

– Juntar a farinha de waffer, o côco e as nozes. Mexer muito bem;

– Levar ao forno por 1h15min ou até o palito sair limpo;

– Retirar o bolo do forno, deixar arrefecer na forma durante cerca de 10 minutos e dp deixar arrefecer numa rede. Reservar.

Calda

– Juntar todos os ingredientes num tacho, mexer muito bem até obter uma mistura homogénea;

– Levar a lume médio durante cerca de 15 minutos ou até obter uma calda espessa;

– Deixar arrefecer ligeiramente;

Montagem

– Colocar o bolo no prato de servir (o ideal é um prato fundo);

– Fazer pequenos furos no topo do bolo;

– Colocar a calda por cima do bolo;

– Só para coconut lovers: Servir o bolo com mais calda!!!!

Muka dourada*

Clafoutis de framboesa

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Culpada me confesso: gosto muito da França! Resumidamente, para além da óbvia paixão pela gastronomia francesa, gosto de falar francês (no meu modo fabulástico “comme ci, comme ça”), do cinema francês, de ouvir falar francês (e todas as suas mil variações consoante a região), e do Tour de France 🙂

A propósito desta minha paixão e do facto das framboeseiras dos meus pais estarem no pico da sua produção, aproveitei para fazer esta sobremesa que é assim um meio caminho entre tarte e pudim 😉

Esta é uma sobremesa originária da região de Limousin e tradicionalmente é confeccionada com cerejas com caroço, sendo servida ainda quente e com um pouco de natas ou gelado.

Claro que podem usar a fruta que vos apetecer e o melhor de tudo é que não só é super rápida de faze como podem servir na forma onde foi feita 😉

(adaptado de Marmiton)

Ingredientes:

– 400 g de framboesas frescas

– 60 g de maisena

– 125 g de açúcar amarelo

– 1 colher de sopa de açúcar baunilhado

– 1 pitada de flor de sal

– 2 ovos

– 2 gemas

– 250 ml de leite

– 200 g de natas frescas (crème fraî che)

– manteiga e açúcar branco q.b. (para barrar a forma)

Preparação:

– Ligar o forno a 180 ºC;

– Barrar uma tarteira de cerâmica com a manteiga e o açúcar branco;

– Colocar as framboesas na tarteira, reservar;

– Misturar a maisena com o açúcar amarelo, o açúcar baunilhado e a flor de sal;

– Juntar os ovos e as gemas e mexer bem;

– Juntar o leite e as natas e misturar muito bem;

– Deitar a mistura sobre as framboesas;

– Baixar a temperatura do forno para 150 ºC, colocar a tarteira e deixar cozinhar durante 30-40 minutos;

– Retirar do forno, deixar arrefecer muito bem e servir.

Muka dourada*